JOGOS DE AZAR: epidemia silenciosa.
Em 1946, Eurico Gaspar Dutra proibiu cassinos no Brasil. Até Dilma Rousseff plantar as sementes da liberação e tentativas de legalizar os jogos de azar, pois sua gestão estava em grande crise e precisava arrecadar.
Para o lulopetismo, não tem essa de cortar gastos. Se precisa sacrificar o próprio povo (a massa do eleitorado), qu’il sacrifie! Depois Michel Temer assinou umas coisas, puxadinhos aqui e ali na lei, e os cassinos físicos continuaram proibidos, mas os cassinos virtuais funcionam plenamente a todo vapor sem interferência estatal no que chamam de “mercado cinza”.
Os jogos de azar sempre adoeceram pessoas. Quase todo mundo já teve experiências negativas com jogos de azar, ou conhece quem está envolvido nisso. Tragédias familiares, falência e até suicídios. Recentemente, duas moças se suicidaram por terem perdido tudo no Tigrinho e, outra, uma enfermeira, literalmente fugiu desesperada das dívidas.
Jogos de azar + brasileiros é uma verdadeira combinação fatal. Nossa população brasileira não entende matemática básica, não conhece estatística, não tem instrução formal básica sobre dinheiro e insiste em apostar ‘’alternando’’ no bolsopetismo. Assim, dificilmente saberá ter um uso consciente e saudável de jogos de cassino (se é que isso possível).
Se cassinos fossem um modelo de negócio que intencionalmente lucrassem no entretenimento saudável, continuariam a ser lucrativos?
1 — O Brasil é um país de luta pela sobrevivência. Aqui não se vive, aqui se sobrevive. As pessoas se tornam imediatistas para tentar mudarem de vida porque precisam disso para ontem.
2 — Canalhas fazem propagandas enganosas de como conseguiram mudar de vida com jogos de azar, e o brasileiro confia e idolatra influencers.
Tudo isso torna o Brasil um grande fazendão dos predadores dos jogos de azar, cheio de presas a serem abatidas. As apostas são um jogo que nunca vencerão. Como funcionam? A casa de apostas oferece probabilidades, geralmente em formato decimal, correspondentes aos ganhos.
Convertendo esse valores para %, temos as seguintes probabilidades de vitória: Casa: 25%, X: 25%, Visitante: 55%. Se somarmos tudo: 25+25+55 = 105%. Ora! Como isso é possível? Por que tem 5% a mais? Esse é o JUICE. Isso é um mecanismo das casas de apostas para assegurar o lucro independente do resultado. Você pode pegar aí qualquer jogo, qualquer mercado e verá que sempre estará passando alguma %.
As casas de apostas contratam empresas especializadas em descobrir a probabilidade real dos eventos acontecerem. O futebol, por exemplo, pode ser uma caixinha de surpresa em um jogo individual, mas em um grande número de jogos os padrões sempre se repetem. E essa empresas, através dos seus cientistas de dados, inteligências artificiais, algoritmos… Toda uma tecnologia que o civil comum não tem acesso, conseguem encontrar a probabilidade real de um evento acontecer, e vendem essa informação para as casas de apostas. Estima-se que essas empresas de dados erram apenas 3% da precificação feita nos pré-eventos dos esportes. Se a vitória do Real Madrid custa 1.40 na probabilidade real, mas a casa de apostas oferece essa vitória a 1.20, o jogador sempre perderá dinheiro e só ganharia se a casa desse a vitória do Real Madrid a 1.80, por exemplo.
As casas de apostas não lucrariam se dessem a probabilidade real dos eventos e vendem então probabilidades manipuladas, onde aplicam o Juice. A probabilidade que vê sobre um evento não é a probabilidade real. Ninguém sabe se o Real Madrid é realmente favorito com 55% de vencer. Pode ser mais, ou menos. E essas probabilidades também são alteradas a medida que apostadores vão injetando dinheiro nessa linha de apostas, se tiver mais dinheiro entrando no Real Madrid, a casa precisa mexer nas probabilidades para que o pagamento das opções Empate ou Union Berlin fiquem mais atrativos. Porque a casa em curto prazo também usa o dinheiro dos perdedores para pagar os ganhadores, evitando de mexer no fluxo do seu próprio caixa. A casa de aposta está vendendo um Marea 98 por 30k, mas na FIPE está 14k. Quem não sabe disso, compra e depois de um tempo, o carro explode.
Pilantragens comuns das casas de apostas. Existe uma minoria de pessoas com noções profundas de matemática, que conseguem por um tempo ser lucrativo com apostas esportivas. A casa para se proteger, convidam essas pessoas a se retirarem. Limitam as apostas em 1 real, bloqueiam a conta, travam a conta, confiscam seu saldo e diversos outros mecanismos. Mesmo jogadores perdedores quando pela sorte acertam uma bolada, a casa tende a travar o saque para que ele continua jogando e perca esse dinheiro lá dentro. E muitas vezes ela simplesmente bloqueia o pagamento mesmo e pronto. Não tem o que fazer. Se você dá o dinheiro para um traficante, e ele não quiser te entregar a droga. Vai fazer o que?
Cassinos Virtuais. Apostas esportivas são o meio pelo qual as casas fazem o marketing para trazer usuários para dentro da plataforma, desperta-lhes os gatilhos corretos para clicarem nos jogos virtuais da página do cassino. Exemplo, é muito comum quem entra na casa para apostar no Flamengo, ganhar um bônus que triplica seu saldo e perde tudo e, aí deposita mais para recuperar rapidamente no jogo do Tigrinho, Aviãzinho, Top Zeus, etc. Assim começa a saga de muitos ludopatas que perderam tudo.
Os bônus existem justamente para aumentar a sensação de perda ao ponto de disparar a necessidade de recuperar. Quem deposita 100 reais, ganha 200 de bônus e tem agora 300 reais. Perdeu tudo. Na cabeça da pessoa sem instrução formal, ela não perdeu 100 reais, ela perdeu 300. E a casa de apostas para não correr risco do usuário ganhar e sacar os 300 reais, impõe regras de rollover impossíveis de serem cobradas. Exemplo, o rollover para o saldo total, em cima dos 300, é girar em apostas 10x em 30 dias em odds de 1.80, para ter direito ao saque. Ninguém consegue cumprir isso.
As casas de apostas tem a página das apostas e a página do cassino. Muitas vezes oferecem streams de jogos, e no meio do jogo ou da página das apostas pipoca na tela anúncio gigante sobre algum joguinho virtual. A casa quer que vá para a página do cassino. Porque o cassino é onde provém a maior parte do lucro disparadamente. A casa quer que o jogador se vicie! Como o cassino é algo muito agressivo e nítido que vai perder, precisa agredir o córtex pré-frontal passo-a-passo, para enfraquecer o poder de decisão sem perceber. Nunca tenta pegar de uma vez, porque a chance do jogador se assustar e ir embora é grande, sempre envolverá devagar.
Todos os jogos virtuais, além de construídos com uma matemática injusta onde no médio e longo prazo a casa sempre vencerá os usuários, também são construídos para viciar. Cada detalhe do jogo, cada bichinho, arte, barulhinho de moedinhas, posicionamento dos botões, palheta de cores… Todo o layout, design, é pensado para disparar gatilhos de ansiedade, adrenalina, expectativa, frustração, ganho, esperança, girar o emocional numa montanha russa em curtos espaços de tempo e agredir o córtex pré-frontal para enfraquecer o poder de escolha e tomada de decisão.
Cada joguinho desse é meticulosamente construído por marketeiros, neurocientistas, psiquiatras, psicólogos, e diversos estudiosos do cérebro humano. Até coaches. Não é somente um programador e um matemático. Até o funcionamento das redes sociais são assim. Além dos programadores, existem neurocientistas, psiquiatras, psicólogos, marketeiros, coaches… Que ajudaram a construir essas redes de apostas. Quem conhece os caminhos da mente, os gatilhos cerebrais das emoções, sabe manipular a química do cérebro…
Um cassino físico não tem janelas, que é para perder a noção de tempo ali dentro, não saber quando é dia ou noite, e, portanto, não saber quando já ficou demais e está na hora de ir embora. Tudo são luzes e músicas estimulantes, que é para agredir o córtex pré-frontal, tirar o poder de decisão, confundir a percepção e raciocínio. Tudo emite luz azul, para manter acordado e impedir a produção de melatonina, impedindo o sono e o desejo de ir embora descansar.
Os funcionários alegres, gentis, atenciosos e comunicativos são para mexer com a esperança de ter acolhimento. Os drinks de cortesia é para mostrar como a casa se preocupa com os clientes, mas vem com doses de estimulantes diluído na água. Sabe aquele amigo que acabou de conhecer, ri e brinca nas mesas? É um agente da própria casa para estimular a apostar cada vez mais.
Tudo é construído meticulosamente para deixar vulnerável o suficiente até perder tudo o que tem. E quando não tiver mais nada, se arrepender, perceber que caiu num golpe e querer brigar, aí aparecem uns 5 armários para colocar o viciado perdedor para fora e barrar sua entrada. E sabe o que eles falam depois? Que o viciado perdedor não entrará mais no cassino para sua própria proteção, pois é um LUDOPATA e precisa buscar ajuda.
Nos cassinos virtuais também acontece isso. O sujeito perde tudo o que tem, frequentemente vai no chat desesperado, e é bloqueado por ser um viciado, um ludopata. Mas a casa de aposta aceita ele criar outra conta com o CPF de algum parente, mesmo tendo cruzamento de dados, e, portanto, já sabendo que é o ludopata retornando ao jogo. E as páginas são sempre cheias de selos e carimbos, de como são preocupados com os jogadores, que tudo ali é só entretenimento, etc.
Como ter uma casa de aposta? Qualquer pessoa com cerca de 85k de euros consegue comprar uma marca-branca, ou whitelabels, de empresas situadas em Curaçau. Elas vendem pacotes completos, layout de site pronto, jogos virtuais prontos, apostas, tudo. O que mais tem estourado no Brasil são casas com layout que mudam só cores ou logo, e possuem exatamente os mesmos jogos, mesmas apostas, e até as mesmas odds. Todos provém do mesmo lugar e das mesmas empresas. É literalmente um meio extremamente fácil de entrar e ganhar dinheiro. E com um marketing bem feito, o ROI é recuperado em menos de 6 meses.
‘’A liberdade do individuo não é tão plena. Quando se conhece a mente humana, percebe-se que o livre arbítrio também tem limites, e muitas escolhas não ferem somente o individuo, mas a sociedade inteira. E os jogos de azar são um desses temas espinhosos’’.
A região responsável pela tomada de decisão é o córtex pré-frontal, “gerente” da empresa cérebro. É onde decide o que entra e o que não entra. O livre arbítrio não é um mecanismo de ação binário, de um simples sim ou não, vou ou não vou, uso ou não uso. O livre arbítrio é um nível, um estado, melhor dizendo. Se o córtex pré-frontal está fraco, provavelmente tomará más decisões. Se o córtex pré-frontal está forte, estará mais precavido. Se existe uma engenharia complexa para agredir o córtex pré-frontal e enfraquecer seu poder de decisão, como o livre arbítrio está sendo exercido plenamente?
Algumas casas de apostas investem forte nos anúncios em conteúdos pornográficos e até patrocinam profissionais de only fans. E fazem isso porque sabem que viciados em pornografia, prostituição, álcool e outras drogas, etc. tem chance muito alta de se viciarem em jogos de azar justamente porque o córtex pré-frontal já foi tão agredido que está nos níveis mais baixos de poder de decisão. Devido as bombas de dopaminas e recompensas instantâneas, o sistema límbico prevalece completamente sobre o córtex pré-frontal em viciados.
E ainda sobre marketing, saiba que as casas quando patrocinam influencers, oferecem-lhes dinheiro falso. Todo aquele dinheiro que eles ganham e perdem não existe de verdade. E todo influencer ganha comissão em cima das perdas dos usuários. Muitos não sabem disso, mas quando abre conta pelo link do influencer, ele vai ganhar uma comissão bem gorda em cima do que o jogador perder.
Os influencers são importantes para o marketing das casas de apostas, a maioria do povo que consome redes sociais de imagens e vídeos, sabe da vida completa dos influencers, os veneram, os admiram e até os idolatram. Sem os influencers, as casas de apostas não teriam o poder de marketing que têm. Num país de desemprego generalizado, falência coletiva, luta por sobrevivência, má educação, imediatismo… Os influencers aparecem felizes no Instagram e vivendo uma boa vida ‘’graças’’ aos jogos de azar, publicando frases motivacionais, trends do TikTok e viagens, induzindo o seguidor a achar que também será como ele e ganhará dinheiro fácil, até cair e perceber (tarde demais) que foi enganado.
E voltamos a discussão sobre a liberdade do individuo. Mesmo depois disso tudo, ainda a escolha é exclusivamente dele e ninguém tem nada a ver com isso… Será? Se a mente pode ser manipulada, se existem gatilhos cerebrais que são estudados profundamente e aplicados aos jogos… Até que ponto a decisão de se ferrar é totalmente do individuo e não merece interferência?
O problema do ludopata não é só individual, se torna coletivo. Uma pessoa que perde tudo nas apostas e fica na miséria, se tornará mais um custo para o SUS (no qual o próprio desgoverno nem liga) caso consiga um psiquiatra, não contribuirá para a previdência e dependerá (mais) de assistencialismo. Tudo isso gera mais custos para um Estado que muito pouco investe na qualidade dos serviços públicos, e consequentemente, o Estado terá que enforcar mais ainda os pagadores de impostos para cobrir os gastos tantos dos viciados falidos, quanto os gastos da zelite estatal. Um chefe de família que perde tudo nas apostas, também arrebenta a vida da família. E trazem todos para dentro do assistencialismo, o que vai tornar caro para os pagadores de impostos.
Então pode pensar: ‘’isso é problema deles. Que fiquem na miséria’’! Bom, o problema é quando isso fica generalizado, ao ponto de onde for ter tantas pessoas miseráveis. Em 1601, quando houve a primeira lei de assistencialismo na Inglaterra, a “Lei dos Pobres”, porquê milhares de pessoas estavam em situação de miséria pela ruas, que largaram tudo nos campos e foram buscar emprego na indústria crescente e não tinha emprego para todos.
Para proteger a própria classe rica da época, foi preciso criar a assistência social, porque as pessoas simplesmente defecavam na rua, morriam nas calçadas e ficavam lá apodrecendo, roubavam e matavam. A miséria era tão generalizada que Londres era uma versão antiga da cracolândia no mundo, mas sem tantas drogas, talvez alguns viciados em ópio e álcool.
Também vale citar outros problemas econômicos causados por ludopatas: a falta de crédito disponível no mercado. Muitos começam a pegar empréstimos e perdem em jogos, as empresas que emprestam dinheiro vão ter que subir os juros para novos futuros contratantes, para cobrir o prejuízo dos ludopatas e se proteger do risco da epidemia de ludopatia, afinal, ninguém sabe realmente para o que o dinheiro está sendo emprestado. Começa existir falta de crédito para pessoas comuns no mercado.
O dinheiro para de girar, pois o que seria gasto em consumo de produtos e entretenimento comum, está perdido em apostas. Exemplo, dois funcionários pegam o décimo terceiro e já perdem em apostas e acham graça porque perderam numa situação de “muito valor”, quase ganharam. Vão atrás de dinheiro emprestado para poder fazer uma ceia com a família. E tem grandes chances de perderem esse dinheiro também tentando recuperar… Terão um Natal terrível. São dois a menos que não consumirão no mercado local e não farão a engrenagem da economia girar. Imagine isso em grandes quantidades…E falando sobre Inglaterra, vale a pena cita-la pois é o país que abriu guerra declarada aos jogos de azar.
Inglaterra e a guerra as apostas. As apostas esportivas no Reino Unido são bastante tradicionais, existem há séculos. Cultural. Mas atualmente é um grande problema que o país enfrenta. Os jovens ingleses já iniciam a vida adulta endividados e param de contribuir com a economia, e vão para os pequenos crimes ou saem do país, quando não se suicidam ou se tornam ainda jovens despesas para o Estado.
Os idosos recebem a aposentadoria e perdem tudo nas apostas, ficam sem renda, tornam-se miseráveis, prejudicam a vida da família que agora precisa mantê-los financeiramente e aqueles que não tem família passam a depender de assistencialismo estatal. E isso está ficando uma conta tão cara que os ingleses decidiram banir todas as propagandas de apostas de todos os esportes a partir de 2024, e está em discussão leis muitas mais severas para tentar conter os danos na sociedade no futuro. Se na Inglaterra, que é primeiro mundo e um país com território menor, existe tanto malefícios, o que acontecerá no Brasil? (ou já vem acontecendo…)
Brasil, apostas e corrupção. Atualmente, tem um projeto de lei tramitando que permitirá as apostas e cassinos virtuais, e criará um monopólio de casas nacionais. Não é segredo para ninguém que já tem bicheiros, facções e políticos com casas prontas, pois é bastante fácil montar uma como citado anteriormente.
E se já era fácil lavar dinheiro com empreiteiras e lojas de doces em shoppings fantasmas, imagina com casas de apostas. O mercado de construção civil está desaquecendo, obras de infraestrutura pública já não impressionam mais a sociedade. Os criminosos precisarão de novos meios para lavar dinheiro. O desgoverno está tão interessado nesse mercado que foi aprovado em comissão o projeto da criação da loteria Mulher-de-Sorte, para financiar vítimas de violência doméstica. Bizarrices que só acontecem no Brasil na regra de ouro tupiniquim: criar um buraco, para tapar outro. Explorar os pobres com sua falta de instrução para arrecadar dinheiro e pagar mulheres vítimas de agressão, numa medida eleitoreira.
Se os jogos da Caixa Econômica já eram uma maneira de punir o pobre pela falta de instrução que não foi dada pelo desgoverno que prometia-lhe essa instrução na educação pública de base. Imagine os jogos de azar e apostas esportivas. O desgoverno pretende arrecadar milhões com os jogos a curto prazo, mas a longo prazo isso vai desgraçar o país. Terão que chicotear a todos os pobres ainda mais com impostos para custear o assistencialismo do futuros miseráveis e dependentes.
As apostas estão matando o futebol, uma das ‘’paixões’’ pelas quais muita gente se desinteressou ao longo dos anos. Os jogadores não tem mais interesse em ser atletas, querem ser influencers para ganhar muito dinheiro com divulgação de casas de apostas e patrocínios. Todos querem ser um Neymar para ganhar milhões da Blaze. Não é para ganhar campeonatos nem conquistar o Hexa.
Os clubes de futebol já não se preocupam mais com gestões sérias porque todos podem ser corruptos, tem dinheiro infinito das casas de apostas injetado para mantê-los de pé. Não precisam mais ser criativos, lutar por vagas nos campeonatos, dar shows para torcedores, valorizar a paixão do torcedor pelo time… nada. Tudo o que precisam é dinheiro das apostas para se manterem vivos. Não precisam mais jogar futebol. O extra-campo nas redes sociais em divulgação de marcas de apostas se tornou muito mais importante que a guerra dentro do campo por pontos e títulos.
No Brasil, há a tendência de glamourizar o sujeito ‘’maceteiro’’ que consegue tudo rápido pelo carisma ou certa condição especial que o faz “bem sucedido”, e esta designação é demonstrável materialmente falando, fazendo com que influencers sejam alçados ao patamar de figuras que os seguidores devem se inspirar, em detrimento de quem tem uma boa estrutura de vida acordando cedo para tocar um negócio idôneo que efetivamente possa sustentar não apenas a si próprio, mas também até uma família. Então, o spam de ostentação substitui a busca de realizações com base no trabalho honesto e como o spam está no celular, o vício está ao alcance da mão e full time.
A ganância do brasileiro médio em querer dinheiro fácil faz com que muita gente seja enganada e fazem esse tipo de “investimento” a troco de nada. O brasileiro médio tem uma ilusão de que vai ficar rico algum dia através da ‘’macetagem’’ e, por isso, veja como fazem: jogam dinheiro em loterias, raspadinhas, jogo do bicho, rifas e pirâmides.
Se conhece alguém viciado, tente orientá-lo a se cuidar e se tratar. Vício em jogos de azar pode ser igual ao consumo de drogas em geral. Quem padece de vícios, geralmente os coloca no intuito de ‘’tapar buracos’’ não preenchidos da sua vivência. Cada um em suas experiências de vida já ‘’enfiou o pé na jaca’’ em algum momento seja para consumo de drogas, pornografia, jogos de azar, roupas e eletrônicos, etc. e principalmente, o vício em fingir ser quem não é.